sábado, 28 de julho de 2012

Jet Lag e Camden Town!


DIA 2
    Acordei ainda cansado e bem antes do que deveria. Seis da manhã e já estava de pé (culpa do Jet Lag). Decidi então levantar-me e fazer alguns exercícios. Londres foi a única cidade onde consegui seguir uma rotina de exercícios. Como a Camila é personal trainer, acaba rolando uma atmosfera saudável ao redor. Depois da série (que durou mais ou menos 1h), enrolei bastante pra fazer o café da manhã, que foi um sanduba de presunto inglês com um queijo cheddar maturado (que não se parece nada com o cheddar que estamos acostumados no McDonald’s - muito melhor!) e blueberries (sensacionais, e de acordo com a Cami excelente fonte de vitaminas – lembram um pouco na textura a uva sem caroço, mas menores). Quando terminei decidi voltar a Covent Garden, mas para ver como aquilo funcionava de dia. Utilizei o Tube (a essa altura já dá pra entender que é o metrô né?rs) e quando cheguei fiquei encantado. O que tinha visto de noite durante o dia era igualmente (e de uma maneira diferente) incrível! Estava fazendo sol, mas naquele clima “luz de geladeira”. Eu estava de calça e casaco e via gente passeando de bermudas e camiseta...
    Foi nesse dia que eu senti, de verdade, a diferença de fuso. Eu estava andando pelo centro, sem um roteiro específico, apenas observando a cidade e sua circulação, quando um cansaço inacreditável me veio muito forte. Tão forte que eu não consegui mais me concentrar em nada e decidi voltar à casa da Camila para dormir. Cheguei por volta de 12:30 e dormi até às 18hs, que foi quando a Camila me acordou pois tínhamos um show pra ir em Camden Town às 21hs. Só que antes iríamos jantar então precisávamos sair com uma certa antecedência. E digo com toda a sinceridade que se não fosse por ela insistir muito eu teria continuado dormindo sem problemas.rs
    Depois de desperto e limpo, fomos até o famoso bairro de Camden Town. Camden é conhecido, entre outras coisas, por ser uma área onde muitos artistas e alternativos vivem (Amy Winehouse morava lá), e tem um mercado de rua muito bacana, que fica aberto todos os dias. O street market tem uma cara de camelódromo, só que mais clean e a maioria das barracas vende roupas e sapatos. Mas é possível também encontrar quadros, livros, incenso, artesanato, instrumentos musicais... enfim, de tudo. Porém nesse primeiro dia eu não conheci o mercado a fundo. Voltaria lá depois e desvendaria todos os pormenores.
   Saindo da estação de metrô, fomos direto jantar. Decidimos por um “Gourmet Burger” e chegamos ao Haché, na Inverness Street, ao lado da estação do Tube. Lugar incrível mas com atmosfera bastante simples (diferente dos gourmet burgers do Brasil – talvez pelo fato de lá isso ser mais comum). Além do ambiente a comida também era ótima! Eu pedi um clássico cheeseburger com queijo cheddar. E ainda passei por acaso na cozinha onde assisti de relance uma parte de Alemanha x Holanda pela Eurocopa com os cozinheiros. Tudo naquele clima mesa-redonda.
   De lá demos uma volta pelo bairro (que também é muito bonito com aquelas construções de tijolos) e tenho que contar que vimos um abrigo para pessoas sem-teto. É melhor que muito prédio residencial do Rio de Janeiro. Perguntei pra Cami: “Os mendigos moram aí?” Após a resposta positiva dela, emendei: “Precisa de visto pra ser mendigo?”rs
   Fomos então finalmente ao show! Cami me convidou para assistirmos um tal de Terry Reid.  Terry é um cantor de blues/folk/rock inglês que teve seu auge na década de 70. Quando Jimmy Page terminou com o Yardbirds (por volta de 68/69), convidou-o para ser o vocalista de seu novo projeto, o “The New Yardbirds”, que logo em seguida se tornaria o Led Zeppelin. Terry já havia se comprometido que iria fazer os shows de abertura da turnê do Cream e recusou, mas indicou a Jimmy um garoto bom de gogó: Robert Plant! Confesso que não conhecia a história do Terry, mas o show me agradou muito! Foi no The Jazz Club, um lugar um pouco menor que o antigo Ballroom no Humaitá (RJ). Apesar do local pequeno o som estava ótimo (ok, músico falando!rs). E eles usaram até um piano de cauda! Vai aqui mais um obrigado à Cami pelo convite.  
   O show terminou umas 23:30 e a Cami estava bem cansada pois tinha levantado cedo. Partimos rumo a East Putney. Foi nesse momento que se passou um episódio típico de Camden. Perto da estação do Tube, um cara me ofereceu “marijuana”.  Eu disse: “no, thanks”, no que ele rebateu: “anything?”  Anything??? haha Anything é muita coisa! Fiquei com vontade de pedir algo bizarro só pra ver a reação dele, mas recusei mais uma vez e desci a estação. É... definitivamente o dia 2 tinha terminado.
Abaixo seguem dois vídeos: o primeiro da gravação de estúdio de Seeds of Memory, e no segundo um trecho do show que fui (gravado por outra pessoa lógico rs).


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